Junior Benedito Pleis e Talita Seniuk

 

A INFLUÊNCIA DE AVICENA NA FILOSOFIA OCIDENTAL


Este trabalho busca demonstrar de modo sintético, em especial no campo da Filosofia, a influência de um polímata persa na civilização ocidental medieval, que teve seu pensamento e suas obras adaptadas conforme as necessidades e limites religiosos impostos num cenário de domínio da Igreja Católica. Estrutura-se em cinco breves tópicos, Contexto europeu no Medievo, Filosofia, Metafísica Medieval, Biografia de Avicena e Influências no Ocidente respectivamente. Como referências bibliográficas utilizam-se as obras de Chauí (2000), Marcondes (2007) e Kant (1980) que se consolidam como essenciais no campo filosófico; Fontes (2019) e Leme (2019) que articulam os temas aqui relacionados entre Ocidente e Oriente e Silva e Silva (2009) que transitam com maestria entre conceitos históricos necessários ao entendimento do contexto. Vale ressaltar que a extensão e o alcance da presença das obras e do pensamento de Avicena não se encerram nessa discussão proposta, extrapolando os limites aqui impostos devido a impossibilidade de mensurar com precisão sua influência e a carência de fontes do período por se tratar de um árabe em domínio cristão.

 

Contexto europeu no Medievo

Antes mesmo dos europeus expandirem seus domínios para além de suas fronteiras e se preocuparem com os povos do Oriente, a partir do século X e XI já se ocupavam com os mouros na Península Ibérica, que resultou em conflitos denominados de Reconquista, num local que era povoado por cristãos, cristãos convertidos ao islamismo e judeus (MARCONDES, 2007). Nesse período já é possível estabelecer as trocas culturais entre os dois extremos do planeta e a influência de um sobre o outro.

Durante o século XII houve grandes transformações no cenário europeu, como o nascimento da escolástica, principalmente na liderança de Carlos Magno que ensejava uma sociedade mais letrada, que agora podia frequentar os mosteiros para receber instrução, local este antes restrito apenas aos monges. Vale lembrar que o conhecimento mediado e discutido nesses ambientes era vigiado e censurado pela Igreja, além de por vezes ser adaptado para atender aos anseios cristãos. Os assuntos compreendiam as belas artes oriundas da Antiguidade (Trivium composto por Gramática, Retórica e Dialética e Quadrivium composto por Aritmética, Geometria, Astronomia e Música) e claro, a religião, moldados aos limites e imposições desta, baseando-se num saber teológico.

Já entre os séculos XIII e XIV, a Europa viveu algumas convulsões. A abertura comercial consequente dos movimentos das Cruzadas, guerras, expansão cultural, aumento da população no campo até a pandemia de peste bubônica e crescimento das cidades são alguns exemplos (LEME, 2019). Antes dos europeus sinalizarem os ameríndios do Novo Mundo como “os outros”, ou seja, os estranhos em relação aos seus referenciais são os povos orientais que ocupavam esse lugar. Esse estranhamento vai perdendo um pouco do seu espaço gradativamente, ao se reconhecer os ensinamentos dessas culturas, como por exemplo, ocorre no século XIII com a introdução da Filosofia Oriental no Ocidente, com seu pensamento aristotélico e neoplatônico, deixado de lado pelos europeus até então; entretanto, o Oriente continuará durante muitos séculos a ter o estereótipo de lugar de hereges (SILVA; SILVA, 2009).

Vale ressaltar que durante muitos anos a relação entre o mundo islâmico e o cristão ocorreu de modo pacífico, principalmente na Espanha Islâmica que possuía suas regras para todos os povos de diferentes crenças que habitavam seu espaço desde que não atacassem ao Islã, num cenário de tolerância que nem de longe se aproximou das perseguições e caça as bruxas que os cristãos europeus desempenharam, principalmente no momento de maior choque dessas culturas, nas Cruzadas (SILVA; SILVA, 2009) que consolidou uma visão de povos fieis que combatiam os infiéis.

 

Filosofia

A Grécia é o berço da Filosofia Ocidental ao inaugurar pela primeira vez essa área de conhecimento de forma sistematizada, sendo o limite geográfico entre Ocidente e Oriente, e denominada de Antiga quando se refere ao período anterior à dominação romana e posteriormente cristã. Seus períodos filosóficos compreendem dos pensadores originários que se ocupavam com a natureza; os sofistas que se centravam no homem; o clássico que sistematizou o conhecimento e se interessou pelo espírito; o helenístico que focou no indivíduo e Antiguidade tardia com seu platonismo e início do Cristianismo.

Filosofia (philos sophia) significa “amor a sabedoria” e o primeiro uso dessa palavra remonta a Pitágoras no século VI a. C.. Platão e Aristóteles diziam que a primeira virtude do filósofo era admirar-se, ser capaz de indagar e se surpreender até mesmo com o óbvio, ou seja, problematizar absolutamente tudo. Kant (1980), em seu livro Crítica da razão pura já afirmava que não era possível aprender qualquer Filosofia, só seria possível aprender a filosofar. Nesse sentido, a Filosofia mostra-se como uma constante experiência do pensar que surgiu da necessidade de confrontar a realidade, principalmente as crenças.

 

Metafísica Medieval

O nascimento da Metafísica remonta muito antes da Idade Média, geralmente sua descoberta é atribuída a Parmênides, num de seus poemas em que registra a distinção entre o que é (o ser) e o que não é (o não ser, ou o nada). Trata-se da ciência teórica que estuda o puro ser; suas indagações giram em torno de conceitos como ser e parecer, realidade e aparência num conhecimento racional apriorístico (baseado nas puras concepções formuladas pelo pensamento ou intelecto e não em experiências sensoriais vivenciadas) e sistemático (CHAUÍ, 2000).

“Existência e essência da realidade em seus múltiplos aspectos são, assim, os temas principais da metafísica, que investiga os fundamentos, as causas e o ser íntimo de todas as coisas, indagando por que existem e por que são o que são” (CHAUÍ, 2000, p. 263).

A Filosofia Medieval referenciava-se numa mentalidade teocêntrica, com preocupações religiosas muito fortes (SILVA; SILVA, 2009) que levaram a adaptações e contornos de ideias que não atendiam exatamente aos limites impostos a priori. Nem todos os conceitos apresentados a essa sociedade eram mediados e ganhavam uma nova roupagem mais modelada ao Cristianismo, alguns eram refutados e deixados de lado, sendo seus criadores acusados de heresia.

A Metafísica mostra-se então como [...] aquilo que é condição e fundamento de tudo o que existe e de tudo o que puder ser conhecido (CHAUÍ, 2000). E nesse sentido, a concepção apresentada por Avicena é parecida com a de Aristóteles, pois para ambos o indivíduo é o objeto primeiro do intelecto e o conhecimento do real é o segundo, afinal, sem indivíduo não há o conhecimento do secundário. O palco é dividido entre dois expoentes nesse momento, o intelecto e o sobrenatural.

 

Biografia de Avicena

Abu Ali Huceine ibne Abdala ibne Sina ou Ibn Sina ou ainda, Avicena, seu nome latinizado, viveu entre os anos de 980 a 1037. Nasceu na Pérsia, em Afsana e morreu em Hamadan; sua atuação e suas obras são tantas quanto o tamanho da grafia de seu nome original. A variedade de temas com os quais tinha interesse e tratava era enorme, entre eles Filosofia, Medicina, Teologia Islâmica, Lógica, Matemática, Astronomia, Física, Psicologia, Alquimia, Geografia e até Poesia. Há relatos que apesar de transitar com maestria em todas essas temáticas, mostrava-se arrogante algumas vezes, desmerecendo aos outros.

Apesar de ter vivido pouco, morreu com cinquenta e oito anos, sua vida foi bastante agitada. Ocupava cargos públicos, o que lhe consumia bastantes horas durante os dias, além disso, aventuras e romances também fizeram parte do repertório vivenciado; fatos que podem ter contribuído com sua vida breve.

Suas capacidades intelectuais cresceram exponencialmente, aos dezesseis anos já exercia a Medicina. Escreveu aproximadamente duzentos e quarenta tratados, entre os quais cento e cinquenta versam a respeito da Filosofia e quarenta em relação à Medicina; alguns sobre jurisprudência e exegese do Corão. 

Graças ao trabalho dele é que a partir do século XII o Ocidente terá acesso aos saberes de Aristóteles, o criador do pensamento lógico e que dividiu a Filosofia em três: teorética (a Metafísica se encaixava aqui), prática e poética. Avicena leu aproximadamente quarenta vezes as obras desse autor grego, chegando, a saber, de cor cada trecho, pois sentia demasiada dificuldade em compreendê-la; só conseguindo isso ao conhecer a obra de Alfarabi que versava sobre a Metafísica que lhe rendeu um êxtase tremendo que saiu distribuindo esmolas aos pedintes como forma de agradecer a Deus pelo entendimento.

 

Influências no Ocidente

Avicena é conhecido como o sistematizador da Filosofia Muçulmana Oriental. Passa a ser reconhecido no Ocidente a partir do século XII quando tem suas obras traduzidas para o latim, influenciando os pensadores medievais europeus, que passaram a aprender a língua árabe também (LEME, 2019). A única edição recente dele para essa língua remonta o ano de 1508 com a obra Opera philosophica.

Durante o Medievo, até terem acesso às traduções de Avicena, os filósofos referenciavam-se nas ideias de Platão, oriundas apenas de Plotino que fez uma definição de Deus aceita pelo Cristianismo (século VI d. C.) e Aristóteles vai ser introduzido pelo persa depois disso (CHAUÍ, 2000). Entretanto, o pensamento aristotélico é visto como problemático e herético ao confrontar com as verdades absolutas dogmáticas da Igreja, sem contar que só é conhecido no Ocidente através dos árabes, o que torna duplamente condenável seu conhecimento (MARCONDES, 2007). O Cristianismo, principalmente através de Tomás de Aquino reorganiza a metafísica grega adaptando-a as necessidades da religião cristã (CHAUÍ, 2000) e funda o aristotelismo cristão. Esse feito pode ser equiparado, segundo Marcondes (2007) ao platonismo cristão dos primeiros séculos.

Frente a inegável contribuição de Avicena no que tange o Medievo conhecer Aristóteles, o interesse nele extrapola os campos da Metafísica e abrange questões filosóficas, os tratados de Lógica, Física, Biologia e Astronomia. Além disso, Tomás de Aquino, Roger Bacon, Boaventura e Duns Escoto também são alguns exemplos de pensadores que foram influenciados por Avicena. Logicamente que esse conhecimento sob os olhos árabes sofreu interpretações submissas ao Cristianismo, mas pôde aproximar mais, por exemplo, um Aristóteles não cristão, com seu realismo físico e científico do que necessariamente religioso (FONTES, 2019).

Entre suas obras primas O livro de cura é uma enciclopédia composta por dezoito volumes que tratam de diversos assuntos. Compêndio de Metafísica, título recebido no Ocidente, pois o original chamava-se A salvação também merece destaque. Seus escritos no campo da Medicina serviram de referência durante muito tempo na Europa Medieval.

O saber proveniente do Oriente, nesse caso da Grécia - ou antiga Pérsia - não só na figura de Avicena como de outros inaugura o Ocidente como herdeiro de uma filosofia que superava e muito qualquer outra oriunda do Medievo, influenciando o pensamento no Velho Mundo entre os séculos XII ao XIV e até pode-se dizer que foram os responsáveis pelo salto intelectual que ocorreu principalmente na Universidade de Paris (FONTES, 2009).

Ao se introduzir literatura de autores estrangeiros, gradativamente as ciências foram libertadas dos grilhões da teologia (FONTES, 2009) consequência esta que acarretou num aumento das especulações e experimentações, tão necessárias na construção do conhecimento científico. Mas faz-se necessário comentar que a ignorância em relação aos seus costumes e a própria história desses outros povos não europeus (SILVA; SILVA, 2009) contribuiu para que não houvesse um maior interesse sobre seus saberes, que iam muito além.

Depois desse período de trocas culturais e comerciais, de relatividade pacífica e tolerante, com a tomada de Constantinopla em 1453 pode-se dizer que o Islamismo foi resguardado focando apenas na religiosidade e deixando de lado as reflexões filosóficas e culturais, abolindo a continuidade dos estudos sobre a razão (LEME, 2019) que resultou no avanço dessas áreas no Ocidente, inclusive motivada com a criação da imprensa que contribuiu na difusão do conhecimento.

Apesar do foco da discussão ser no campo da Filosofia, durante o Renascimento no que tangem as artes diversos elementos do período clássico e helenístico são retomados também, como a questão das proporções e regularidades matemáticas nas imagens e esculturas, a descoberta do corpo como um lugar a ser descoberto, a busca pelas formas anatômicas como ideais, exploração de cadáveres. Vale ressaltar que esses referenciais gregos fundaram a civilização Ocidental, mas no panorama medieval precisam ser vistos como elementos novos e estranhos, uma vez que houve uma ruptura com essa vertente quando o Cristianismo, através da Igreja selecionou o que podia ou não fazer parte do repertório Europeu e vão ser retomados, mas como novidade devida a essa influência oriental.

 

Considerações

Avicena não foi o único “estrangeiro” que teve suas obras adaptadas na civilização ocidental, antes dele praticamente apresentar Aristóteles aos europeus, Platão, já tinha sido introduzido por Plotino que adaptou a literatura conforme os limites cristãos. Houve um diálogo entre Filosofia Oriental e Ocidental durante o Medievo que se não ocorreu de maneira tão satisfatória e grandiosa quanto poderia ter sido, devido ao cerceamento por parte da Igreja, também não pode ser renegado, pois apesar de teológico produziu consequências filosóficas. Embora as influências sejam postas como nuances, que não podem ser mensuradas exatamente, faz-se necessário reconhecer que o Ocidente em diferentes áreas do saber possui ascendência Oriental, tendo Avicena como um de seus responsáveis.

 

Referências

Junior Benedito Pleis é Licenciado em Matemática pelo Centro Universitário de Maringá/UniCesumar; Licenciado em Física pela Universidade Metropolitana de Santos – UNIMES e Especialista em Metodologia do Ensino em Matemática pela Faculdade Eficaz. Atualmente é pós-graduando em Metodologia do Ensino de Física pela Faculdade Eficaz e Professor de Matemática e Física da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso/SEDUC MT.

Talita Seniuk é Licenciada em História pela Universidade Estadual de Ponta Grossa/UEPG; Especialista em Metodologia do Ensino de História pelo Centro Universitário de Maringá/UniCesumar; Licenciada em Ciências Sociais pela Universidade Metodista de São Paulo/UMESP; Especialista em Ensino de Sociologia pela Universidade Cândido Mendes/UCAM. Atualmente é acadêmica de Licenciatura em Filosofia pela Universidade Metropolitana de Santos/UNIMES e Professora de História, Sociologia e Filosofia da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso/SEDUC MT.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. [Livro]

FONTES, Gustavo. O pensamento do extremo oriente: uma introdução filosófica. Curitiba: InterSaberes, 2019. [Livro eletrônico]

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. São Paulo: Abril Cultural, 1980. [Livro]

LEME, Elaine Cristina Senko. História e historiografia medieval oriental. Curitiba, InterSaberes, 2019. [Livro eletrônico]

MARCONDES, Danilo. Iniciação a História da Filosofia. Rio de Janeiro: ZAHAR, 2007. [Livro]

SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2009. [Livro]

5 comentários:

  1. Gostaria de parabenizá-los pela maneira descomplicada e didática como os senhores escreveram sobre a importância de Avicena para a introdução da metafísica aristotélica na filosofia medieval. Gostaria de perguntar se os senhores poderiam indicar algumas obras dele para eu ler e se é possível falar da influência de Avicena na filosofia contemporânea.

    Daniel Gonçalves da Costa Leite.

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    1. Bom dia Daniel, agradecemos suas palavras e seu questionamento.
      Avicena possui algumas obras traduzidas para o português, mas não são todas ainda. Entretanto, vale destacar que com o crescente interesse por filósofos que fogem do eixo europeu, certamente teremos mais livros e textos avulsos num futuro não tão distante. Entre os disponíveis temos A origem e o retorno e Livro da alma, que são fáceis de encontrar sendo vendidos em meios físicos e digitais. Entre teóricos que se debruçaram sobre a vida dele e sua obra temos duas indicações fáceis de encontrar no mercado literário atual: O intelecto em Ibn Sina (Avicena) de Miguel Attie Filho e Avicena: a viagem da alma de Rosalie Helena de Souza Pereira. Lembramos que no acervo da Biblioteca Digital Mundial há vários resultados interessantes quando você insere o nome dele nas buscas.
      Reconhecer Avicena como um influenciador direto na Filosofia Contemporânea é difícil, pois se sabe que suas obras impactaram mesmo o Medievo; mas de modo indireto consideramos que sim, afinal, muito do que temos hoje em diversas áreas, não só na área filosófica é herança de estudos medievais.
      Obrigado, Junior Pleis e Talita Seniuk.

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  2. Pesquisa extraordinária, sou estudante de História e achei primordial e inovador a pesquisa de vocês, vi que O Junior Pleis é licenciado em Matemática e Física e a Talita Seniuk licenciada em História, Ciências Sociais e atualmente Filosofia. É possível fazer pontes com esse tema da influencia de Avicena na Filosofia Ocidental e todos os conhecimentos acadêmicos, com base nisso, como pensar numa maior inserção desse conteúdo a ser trabalhado no ensino médio e em materiais didáticos?

    Sucesso!!!

    Att.,
    Anderson Andryolly da Silva Macedo

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    1. Olá Anderson, agradecemos suas palavras e seu questionamento.
      Como você mesmo indica, é possível fazer pontes com todos os conhecimentos, afinal, a Filosofia é considerada a mãe de todas as ciências. Percebemos o trabalho de Avicena com um bom exemplo da influência oriental no lado ocidental não só na Filosofia como em outros aspectos, principalmente no que tange as trocas culturais. Como historiador você deve elencar que as trocas culturais são as mais importantes entre os povos, ainda que muitos dos livros de História mesmo tragam as comerciais como as principais. No Ensino Médio e em especial nas áreas que atuamos é possível dialogar com os temas propostos no currículo, demonstrando que os orientais já influenciaram muito o Ocidente, mas se fecharam depois de um período de hostilidades e segue, mais ou menos assim até hoje, por isso até o texto traz essa influência como uma novidade, uma ruptura em relação ao Velho Mundo. Os materiais didáticos provavelmente ganharão novos personagens nos anos vindouros, pois temos tido em todas as disciplinas um contemporâneo interesse em teóricos que vão além do eixo norte americano e europeu. A discussão a respeito de Avicena e sua importância podem ajudar na desconstrução de estereótipos em relação a sua etnia, demonstrando seus avanços científicos e acima de tudo, humanizando essas pessoas.
      Como atuamos na mesma escola nas disciplinas as quais somos formados, realizamos com frequência comentários que unem essas matérias, demonstrando que o conhecimento não é algo fragmentado, mas uma colcha de retalhos, pois os estudantes percebem-nas como isoladas.
      Obrigado, Junior Pleis e Talita Seniuk.

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