Carolline Cardoso de Mello

 

BANIDO EM ISRAEL: ROMANCE, CENSURA E RELAÇÕES PALESTINO-ISRAELENSES

 

O presente texto intenciona examinar de que formas os livros se apresentam e possuem significações para além do seu próprio texto, com o intuito de compreender a fundo o papel desempenhado por tal objeto ao ser inserido no contexto histórico, político e sócio-cultural de sua origem. Será aqui analisado o best-seller da escritora israelense Dorit Rabinyan Gader Chaya, publicado originalmente pela editora Am Oved em 2014, e sua versão posterior traduzida e publicada como All The Rivers pela Serpent’s Tail no Reino Unido, em 2017. O romance ganha notoriedade internacional após ser censurado pelo Ministério da Educação de Israel, levantado questões sobre como o governo israelense lida com as diferenças étnico-culturais.

O estudo que será desenvolvido aqui será responsável por propiciar uma análise inicial do contexto no qual a obra se apresenta, considerando que a sua escrita e o modo de leitura e recepção são eficazes para promover a compreensão da sociedade na qual esse foi produzido, e de como tal objeto possui influências tangíveis na realidade. Dessa forma, somente a partir da análise de uma totalidade de fatores pode-se de fato entender uma obra e suas significações.

 

Da autora

Dorit Rabinyan nasceu em 1972, em Kfar Saba, Israel, em uma família de judeus iranianos de origem persa. Vencedora de prêmios como o ACUM Award, Itzhak Vinner Prize, The Prime Minister's Prize e o  Jewish Quarterly Wingate Award, Rabinyan dá início a sua carreira como romancista aos 22 anos, com a publicação de Persian Brides em 1995, e sendo prosseguido por Our Weddings, que publica quatro anos depois. Em 2014, publica seu terceiro título, originalmente Gader Chaya em Israel, e traduzido posteriormente como All The Rivers, inspirada por uma forte amizade que desenvolveu com o artista palestino Hassan Hourani, e que será o foco da presente análise.

A escrita de Rabinyan, ao ser composta por ficções baseadas em sua própria realidade, mostra a ascensão de uma consciência étnica particular que a permite retornar à um lugar individual e pessoal, definido por seu grupo de origem, ao abordar sua israelicidade somada às suas raízes persas iranianas. Adaptando muitas das histórias contadas por sua mãe e avós persas, a ficção de Rabinyan mostra como as superstições que formaram uma parte da história oral das mulheres judias iranianas fornecem às gerações futuras histórias que são capazes de enriquecer a criatividade literária [GOLDIN, 2009: 96].

All The Rivers é uma obra ficcional dedicado à memória do artista palestino Hassan Hourani, o qual Rabinyan conhece durante um curto período de tempo em que ambos residiam na cidade de Nova York, em 2002. O romance retrata um encontro casual que aproxima dois jovens: Liat, uma tradutora judia israelense de origem persa-iraniana que reside em Tel Aviv, e Hilmi, um artista palestino nascido em Hebron numa família de refugiados de guerra. Se acomodando em Nova York, no início dos anos 2000, a obra situa o leitor sobre os acontecimentos e conjunturas históricas em ambos ocidente e oriente: nos EUA, as tensões posteriores à ocorrência do 11 de Setembro marcam o plano de fundo de uma cidade marcada pelo sentimento xenófobo de insegurança e denúncias, e em Israel estourava a segunda Intifada, marcando o início do processo de construção do Muro da Cisjordânia em decorrência do levante contrário a ocupação israelense

O romance entre Liat e Hilmi tem prazo de duração apresentada pela impossibilidade da continuidade do relacionamento quando voltam à realidade em que vivem em Israel e na Palestina ocupada pelas forças militares israelenses. O romance tem como plano de fundo o abismo étnico-cultural entre ambos e a realidade política de um conflito existente desde à muito, e que se faz sempre presente ao longo da obra, escrita de maneira vívida e memorável, retratando uma história de amor íntima, precisa, e, por fim, trágica.

 

O  romance

Embora possua como base os acontecimentos reais do relacionamento entre Rabinyan e Hourani, são adicionados elementos que possibilitaram a autora o alcance do seu objetivos: entregar um romance particular dotado de significados pessoais, políticos e étnico-culturais. Analisando a edição publicada pela editora Serpent’s Tail no Reino Unido, em 2017, e traduzida por Jessica Cohen como All The Rivers, serão aqui dissecadas passagens que constroem o texto, a fim de desnaturalizá-lo ao posicionar os acontecimentos e o processo de escrita no contexto histórico do qual fazem parte.

O romance tem seu início em Nova York, e é estrelado por Liat Benyamini, tradutora judia israelense com visto à trabalho e Hilmi Nasser, artista palestino que residia na cidade por já quase quatro anos. O casal se conhece por intermédio de um amigo comum em um café, se tornando inseparáveis desde o primeiro momento.

O nome dos personagens por si só possuem significados que permite um paralelo quanto às próprias personalidades e posicionamentos políticos, que serão a trama central e plano de fundo que perpassa todo o relacionamento. Liat significa “você é minha”, representando a origem e, na verdade, a essência do conflito entre judeus e palestinos [FORNER; LANGER; KRENGE, 2015:10], e argumento de reivindicação de ambos os povos em relação ao território da Palestina/Israel. Ainda faz referência ao conflito individual no qual Liat enfrenta durante todo o decorrer da relação: a escolha entre a fidelidade à seus pais, seu Estado e sua identidade judaica e o amor que sente pelo jovem palestino, que a deixa sem respostas e soluções de conciliação.

Hilmi, por sua vez, significa esperança, e da mesma forma como se apresenta o seu nome, em sua arte o pintor palestino retrata sempre um jovem sonhador que flutua e vagueia numa paleta de cores em tons de azul e verde, cores calmas que tornam o cenário sereno. O jovem comum à suas pinturas pode ser entendido como ele mesmo, como numa espécie de auto-retrato que o faz existir para além do conflito, se desligando da realidade que tanto aflige Liat e  indo além dos desentendimentos que desde há muito intermedia a relação entre ambos os povos.

A relação entre Liat e Hilmi construída por Rabinyan é intensa desde os primeiros momentos, e com a percepção do que pode ser um romance histórico, a escrita não-romantizada do conflito e a intimidade na qual o relacionamento se funda é responsável por possibilitar ao leitor diálogos que são responsáveis por fazer com que o romance permaneça íntimo, como um caso particular, não se tornando somente uma metáfora ou um cliché de um relacionamento com um futuro imprevisível, ou sem qualquer futuro algum.

“Há três coisas que não sei como fazer. [...] Três coisas que um homem deveria saber. [...] Um homem deveria saber dirigir, e eu não sei. Eu nunca dirigi. [...] Eu não sei disparar uma arma. [...] E nadar. Eu não sei nadar” [RABINYAN, 2017: 53]. Das mais significantes conversas que compõem o livro, os diálogos sobre o mar, e o fato de que Hilmi não sabe como nadar, se apresentam como um das mais reais características na descrição e construção do personagem palestino que nasce, e cresce, sob a realidade da ocupação israelense no seu território de origem. Nascido em Hebron e crescendo em Ramallah, Hilmi descreve que só esteve no mar três vezes em toda sua vida, “mas e o mar em Gaza?”, questiona Liat intrigada com a revelação.

Ocupada desde 1967 pelas Forças de Defesa de Israel (FDI), a entrada e saída de palestinos da Faixa de Gaza é dificultada desde a data devido às diversas barreiras e empecilhos criados pelo governo israelense. Hilmi, como qualquer outro palestino que reside fora do território e que tenta o acessar possui seus pedidos de acesso negados “desde criança”, como responde ao ser questionado por Liat, em referência ao período de tempo em que ele aguarda para adentrar na Faixa de Gaza. Liat, por sua vez, possui uma realidade completamente distinta de Hilmi: vive perto do mar e pode o ver pelas janelas de sua casa. Evocando o seu “eu” sonhador, Hilmi a consola, sugerindo que “um dia o mar será de todos” [RABINYAN, 2017: 54], quando a envergonhada Liat percebe que estava alheia à realidade com a qual o jovem palestino se encontrava de volta à Israel.

Entre alguns dos argumentos de cunho político entre ambos se encontra a questão das FDI e do serviço militar israelense. Ao descobrir que Liat fez parte das Forças de Defesa por dois anos – o que, na realidade, não foi uma surpresa, considerando o fato de que o serviço é obrigatório – são trazidas de volta memórias do período em que ele esteve preso e que, coincidentemente, acontece no mesmo período de tempo em que Liat cumpria suas obrigações militares para com o Estado de Israel. No decorrer do diálogo, o palestino é questionado sobre o motivo de sua prisão, “apenas grafite”, diz Hilmi, ao esclarecer que na época eram proibidos quaisquer tipos de pinturas com as cores verde, vermelho e branco, responsáveis por evocar a bandeira da Palestina e fomentar o nacionalismo palestino, o que era – e ainda é – considerado uma ameaça à existência do Estado de Israel e da identidade judaica israelense.           

Mesmo desenvolvendo um amor e afeto profundo por Hilmi, para Liat fica claro, desde o início, que o romance é temporário e deve chegar ao fim com seu retorno à Israel assim que for finalizado seu período à trabalho em Nova York, sendo indicado ao longo da obra por suas ações e modos de tratar o relacionamento, mantendo-o como um segredo que precisa esconder a todo o custo de seus pais. Já Hilmi, sempre mais sereno e moderado, não acredita que a relação amorosa entre uma israelense e um palestino seja impossível, apresentando-a à sua família e amigos desde o início. Os modos de encarar o relacionamento são similares às suas posições políticas quanto ao futuro do conflito: Hilmi é conciliador. Liat apoia a criação de dois estados para dois povos que viverão lado a lado, cada um em seu lugar, enquanto Hilmi pensa que não há alternativa senão a solução de um estado binacional, e que tanto árabes palestinos como judeus serão obrigados a se misturar e se acomodar com o que lhes for oferecido [FORNER; LANGER; KRENGE, 2015:10].

Liat retorna à Israel como previsto desde o início e o que não estava previsto, no entanto, era que Hilmi voltaria pouco tempo depois para o território da Palestina ocupada. De volta à ambas cidades de origem com fronteiras tão próximas, Liat e Hilmi continuam distantes, não mais separados por um oceano, como estiveram depois do retorno da israelense, mas pela realidade de separação que é própria da sociedade israelense, tornando tangível a impossibilidade de um encontro devido à todos os bloqueios e barreiras construídas por Israel.

Assim, de mesmo modo como são construídas barreiras físicas que impedem a continuidade do relacionamento entre Liat e Hilmi – com os tantos bloqueios, checkpoints e o Muro da Cisjordânia, que perpassa e limita a circulação de palestinos pelo território palestino ocupado – também é construída, por Liat, uma barreira pessoal, desenvolvida e influenciada por sua relação com sua família, com seu Estado e com sua nacionalidade e cidadania judaico-israelense, fazendo com que no contexto histórico de construção do Muro, Liat acaba também construindo um muro entre eles.

Com Hilmi de volta à Palestina ocupada, a realidade é mais forte do que qualquer sonho ou sonhador, e o mar que Hilmi tanto gostava de pintar, que sonhava em morar próximo, o engoliu [FORNER; LANGER; KRENGE, 2015 :11]. Ao final da obra, Hilmi morre afogado no mar que tanto desejou visitar –  o que estava próximo à Liat, e sobre o qual tanto foi descrito por ela – e as barreiras o ultrapassam, como numa forma análoga à realidade, em que o sonho de um Estado binacional onde árabes e judeus viverão juntos se vai com ele. A barreira vive ainda dentro de Liat, que é incapaz de atravessá-la, transpondo os tabus da sociedade e da cultura em que crescera e na qual resta a separação de dois povos entre os quais a vida criou, em um mesmo território, uma barreira de medo e ódio [FORNER; LANGER; KRENGE, 2015 :12].

 

A censura

A crença comum em Israel, desenvolvida pelo pensamento hegemônico sionista, é de que as questões de segurança de Israel, da sua população e da identidade judaica estão no centro de sua própria existência, e quaisquer atos que forem considerados como ameaças à esses devem ser limitados e punidos. Assim, ao colocar a segurança antes de tudo, têm-se o resultado de que o governo tem o poder, e principalmente a função, de controlar as informação e censurar o que é considerado um risco para o Estado.

Sob as leis de censura, o Censor Militar Israelense, unidade de inteligência das FDI atua como órgão mediador de publicações, ou seja, jornalistas e escritores submetem determinados textos para análise antes da publicação, podendo ser posteriormente censuradas e aplicados processos criminais. Logo, os poderes do Censor Militar vão além dos meios de comunicação ao serem observados casos de revisão e censura de livros. Nos últimos dados de 2018, os editores israelenses enviaram 83 livros para o censor do exército israelense, dos quais apenas 34 foram aprovados sem qualquer intervenção. Em 2017, 84 livros foram submetidos ao Censor Militar do IDF, dos quais 53 foram redigidos e 31 aprovados [MATTAR, 2018].

Originalmente publicado em 2014, a obra de Dorit Rabinyan não é reeditada ou sofre censura assim que é publicada, mas é apenas ao final de 2015, ao ser inserida no currículo escolar do ensino médio como leitura indicada, que a censura ocorre e o escândalo tem seu início. Já antes premiado e consagrado pelos círculos literários e mercado editorial em Israel, o  Ministério da Educação exclui a obra “por que poderia ser perigoso para a identidade judaica dos jovens leitores, já que seriam encorajados a se envolverem romanticamente com os residentes não-judeus do país. […] O que acabaria por levar à um impacto de assimilação” [PAULL, 2017], disse Rabinyan, parafraseando a declaração oficial.

Como documentado pelo Haaretz, fonte de referência e periódico de maior circulação em Israel, a supervisora nacional de estudos de pátria e cidadania à serviço do Ministério da Educação Dalia Fenig escreve sobre o grande público israelense que considera o livro uma ameaça. “Relações íntimas entre judeus e não-judeus e certamente a opção aberta de institucionalizá-las através do casamento e estabelecer uma família – mesmo que isso não ocorra na história de Rabinyan – são compreendidas por grandes segmentos da sociedade como uma ameaça às identidades” [LYNFIELD, 2015], descreve ela, sugerindo que jovens israelenses seriam influenciados a se relacionar com árabes palestinos pelo livro, ignorando a suposta necessidade de preservação da identidade da nação.

Fica, portanto, a questão: por que a relação entre judeus e palestinos se fundamenta como uma ameaça para o Estado de Israel? Mesmo a mais remota ideia de assimilação e relacionamento entre árabes palestinos e judeus ainda se apresenta como ameaça ao projeto de um Estado-Nação exclusivamente judeu como planejado pelos líderes sionistas que demarcaram os objetivos, métodos e práticas do movimento ainda no século XIX, e que ainda hoje é adotado por setores do governo. Para Tamar Zandberg, parlamentar do partido de oposição Meretz, a decisão reflete no objetivo da sociedade israelense que “aparentemente é de criar uma geração racista e obtusa que não vê os árabes como seres humanos, ou não os vê de jeito nenhum” [LYNFIELD, 2015].

A censura funciona, de modo que o livro não faz parte do currículo escolar nos institutos israelenses, mas pode-se afirmar que ela gera resultados contrários ao primeiramente esperado, ao servir como uma espécie de propaganda que dissemina o livro ainda mais dentro de Israel, na Palestina ocupada e em outros países, possuindo 17 versões com linguagens diferentes e sendo bem recebido e consagrado internacionalmente.

Como aborda Chartier, ao entender o livro como um objeto possuidor de sentidos, pode-se atribuir às formas com as quais os indivíduos recepcionam e se apropriam do objeto como uma ação transformadora desse. Assim como a leitura reinventa o livro, a censura empreendida pelo governo israelense à obra de Rabinyan também possui ações transformadoras, que irão influenciar os leitores mesmo antes da prática de leitura. Logo, de forma mais acentuada que ocorrer antes da censura, são atribuídos e construídos novos significados  plurais e móveis ao texto, que por si só já se apresenta como imbuído de significados próprios.

 

Considerações finais

Os livros não existem isolados de um contexto político-social, e não são somente escritos. Na obra de Dorit Rabinyan, onde as barreiras que atravessam  o relacionamento de Liat e Hilmi são o elemento central da história a partir de sua existência física, concreta e imaginada, o romance entre o palestino e a israelense é marcado por uma variedade de culturas, formas artísticas, lugares, linguagens e estações, e cujo peso simbólico dentro da atual realidade política é ainda de extrema relevância.

O governo israelense ao utilizar de meios coercitivos para promover censuras dentro do território trava uma batalha com Rabinyan, que ousa examinar o conflito político central da questão entre Israel e Palestina através das lentes de uma história de amor, fundamentando uma ameaça à identidade judaica israelense preservada em Israel – a tentativa de prevenir a assimilação entre judeus e palestinos é, aqui, um exemplo de políticas governamentais que aderem a idéia racista, e ainda patriarcal, de que as mulheres judias devem ser protegidas dos selvagens árabes.

Assim, foram aqui abordadas diferentes questões e elementos que juntos são responsáveis por apresentar o livro para além do seu próprio texto, como resultado da interferência de diferentes profissionais e meios de publicação, com interesses e objetivos particulares. Na obra em análise, o romance é dividido entre seu aspecto pessoal e político e encarado como um objeto subversivo, dotado de significados particulares e passível de interpretações e ressignificações.  

 

Referências

Carolline Cardoso de Mello é graduanda em História pela Universidade Federal Fluminense.

E-mail: carollinemello@id.uff.br

CHARTIER, R. O que é um Autor? Revisão de uma genealogia. São Carlos: EdUFSCar, 2012.

FORNER, N. S. ; LANGER, E. ; KRENGEL, S. . Dorit Rabinyan: Comentários e Reflexões - Encontros de Literatura Hebraica (Grupo de Leitura). Cadernos de Língua e Literatura Hebraica , v. 13, p. 1-16, 2015.

GOLDIN, Farideh Dayanim. The Ghosts of Our Mothers: From Oral Tradition to Written Words—A History and Critique of Jewish Women Writers of Iranian Heritage. Nashim: A Journal of Jewish Women's Studies & Gender Issues , No. 18 (2009). p. 87-124. Disponível em: <www.jstor.org/stable/10.2979/nas.2009.-.18.87>. Acesso em: 14 jun. 2019.

LYNFIELD, Ben. Israel bans novel from schools that features Israeli-Palestinian love affair. The Independent. 31. dez. 2015. Disponível em: <www.independent.co.uk/news/world/middle-east/israel-bans-novel-from-schools-that-features-israeli-palestinian-love-affair-a6792441.html>. Acesso em: 12. jul. 2019.

MATAR, Hagai. A spike in censorship: Israel censored on average one news piece a day in 2018. +972 Magazine. 15 march 2018. (tradução nossa) Disponível em: <www.972mag.com/idf-censor-press-freedom-israel-2018/140594/>. Acesso em 13 jul. 2019.

PAULL, Laura. Author of banned book says she’s still optimistic about Israeli democracy. The Jewish News of Northern California. 10 nov. 2017. Disponível em: <www.jweekly.com/2017/11/10/author-book-banned-israel-says-shes-still-optimistic-democracy/>. Acesso em: 13 jul. 2019.

RABINYAN, Dorit. All The Rivers. Tradução de Jessica Cohen. United Kingdom, Serpent’s Tail, 2017. 

SELA, Maya. “Our Longing for Peace Is Matched by Our Fear of Peace”. 12 jun. 2014. Haaretz. Disponível em: <https://www.haaretz.com/life/books/our-longing-for-peace-is-matched-by-our-fear-of-peace-1.5251644>. Acesso em: 27 jun. 2020.

 

 

 

 

 

4 comentários:

  1. Visto que normalmente não temos muito contato com a literatura oriental, gostaria de saber como você encontrou a sua fonte e como você decidiu pesquisar esse tema.
    Obrigada!
    Milena Calikoski

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Milena, esse trabalho - na versão integral - foi desenvolvido durante uma disciplina sobre a História do Livro. Com a intenção de trabalhar com uma "obra subversiva" encontrei essa fonte a partir de pesquisas sobre o mercado editorial israelense e possíveis censuras nesse meio. Obrigada pelo interesse!
      Caroline Mello

      Excluir
  2. Caroline, muito interessante seu texto!
    Eu inclusive cheguei a trabalhar o conteúdo "conflitos árabes israelense" com alunos do 9° ano na disciplina de Geografia.
    Conforme a sua análise, quais caminhos você acredita serem possíveis para tornar esse tipo de conteúdo mais fácil de ser assimilado em sala de aula, visto as imensas diferenças culturais e espaciais com relação aos alunos da rede básica brasileira.
    Quais ferramentas você usaria, além do romance?
    Mais uma vez, parabéns!

    Marcos de Araújo Oliveira- UPE

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Marcos, obrigada pelo comentário e interesse!
      Eu gosto muito da proposta de trabalhar com projetos de trabalho (HERNÁNDEZ, F; VENTURA, M., 1998) com esse conteúdo. A partir da formulação inicial dos problemas os próprios alunos começam a participar ativamente do processo de ensino aprendizagem, procurando por respostas e soluções. Dentre os instrumentos que podem ser mobilizados em sala durante esse percurso, além do romance, estão o trabalho com os conceitos históricos, recursos audiovisuais, músicas, mapas, reportagens, etc. No geral, elementos que possam estimular o aluno e aproximá-lo do contexto em questão.
      Espero ter respondido e fico feliz que tenha gostado do texto. Obrigada!
      Carolline Mello

      Excluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.